sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Como deveria ser a Educação do Século XXI? Encontro Internacional de Educação


A Fundação Telefônica|Vivo está promovendo um grande debate virtual sobre os desafios da Educação na era digital, com produção executiva do Instituto Paramitas.
Participe você também desse intercâmbio de conhecimentos entre educadores e especialistas ibero-americanos, que acontece até setembro de 2013.
Várias personalidades participam desse encontro, como Gil Giardelli, Laís Bodanzky, Gilberto Dimenstein, Tião Rocha, entre outros.
Sua contribuição é muito importante!
Inscrições abertas e gratuitas: encontro.educarede.org.br
O Encontro emite certificados oficiais a todos os participantes.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO - ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICS


Já está disponível a inscrição no curso "TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO - ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC", módulo II Proinfo Integrado.
O curso possui uma carga horária de 100 horas distribuído em 36 horas presenciais (9 encontros de 4 horas) e 64 horas a distancia. As datas previstas para os encontros são: 23 de junho (das 8:30 às 12:30); 2, 5 e 11 de julho (das 13:00 às 17:00); 21 de julho, 4 e 8 de agosto; 1 e 15 de setembro (das 8:30 às 12:30).
Pré-Inscrições: Imprimir formulário e encaminhar preenchido para Diretoria de Ensino de Adamantina. Os cursistas desse curso devem ter um domínio das ferramentas básicas de curso de EAD e aplicativos mais comuns (Word, Excel e PowerPoint).
As pré-inscrições serão recebidas no núcleo até dia 20 de junho.

Aos cuidados de José Antonio Godoy, PCNP Tecnologias.



sábado, 14 de abril de 2012


VAN ILLICH

Alguns dados biográficos


Ivan Illich nasceu em Viena no ano de 1926 e faleceu em Bremen, na Alemanha em Dezembro de 2002. Filho de pai jugoslavo e mãe com ascendência judia, teve de abandonar a Áustria quando tinha cinco anos. A família mudou-se para Roma, onde Illich completou os seus estudos: física (Florença), filosofia e teologia (Roma) e doutoramento em História (Salzburgo). Durante a infância e juventude conviveu com o círculo de nobres russos que se refugiaram na capital italiana depois de terem saído do seu país aquando da revolução comunista de 1917. Foi também em Roma que Illich entrou para o seminário (1951), onde teve como colegas muitos dos futuros diplomatas do Vaticano e onde se ordenou sacerdote. O Cardeal Spellman, arcebispo de Nova Iorque, convidou-o para seu auxiliar. Por ser fluente em dez línguas, Illich tornou-se intérprete do Cardeal e teve como função preparar sacerdotes e religiosas para a comunidade hispano-americana. Nos anos 60 mudou-se para o México onde criou o Centro Intercultural de Formação (CIF), com o objectivo de sensibilizar missionários para trabalhar na América Latina. Na década de 70 foi co-fundador do Centro de Informação e Documentação (CIDOC), espécie de universidade aberta, especialmente voltada para os problemas da educação e independência cultural do Terceiro Mundo, sobretudo da América Latina.


Em Educação sem Escola?, Ivan Illich faz uma análise crítica das instituições educativas actuais e das suas características e propõe a criação de um sistema alternativo que rebata a figura da escola na de uma aprendizagem não enquadrada institucionalmente.
Segundo Illich, o actual sistema educativo converteu-se num sistema burocrático, hierarquizado e manipulador, tendo como função primordial a reprodução e o controlo das relações económicas. “Por toda a parte, o aluno é levado a acreditar que só um aumento de produção é capaz de conduzir a uma vida melhor. Deste modo se instala o hábito do consumo dos bens e dos serviços, que nega a expressão individual, que aliena, que leva a reconhecer as classes e as hierarquias impostas pelas instituições”(Illich, 1974, pp.9). Os alunos estão sujeitos a currículos extensos e repetitivos, dados de forma demasiado rápida e superficial. Os professores, já habituados a esta rotina, não dão a possibilidade de aprofundar um ou outro tema que mais interesse os alunos, nem são capazes de atender às necessidades específicas de cada aluno. A  escola passa assim a ser um local de desigualdades e de conflitos, uma vez que alguns se adaptarão melhor do que outros.
    Segundo Illich, o facto de a escolaridade ser obrigatória só agrava a situação. Aqueles que não se conseguem adaptar aos temas curriculares obrigatórios e aos métodos de ensino vigentes, arrastam-se durante anos na escola, nada aprendem de válido, perdem a sua auto-estima. Quando finalmente deixam a escola, os alunos não estão preparados para ingressar no mundo do trabalho. Assim, deparamo-nos com jovens desanimados e desapontados, sem grandes perspectivas de futuro. Caso os alunos decidam abandonar a escola antes de terminarem a escolaridade obrigatória, deparam-se com problemas ainda mais graves, porque se, com a escolaridade mínima ainda têm a possibilidade de arranjar emprego mesmo sem formação específica, sem certificação escolar, ainda que mínima, o emprego torna-se quase impossível, ou então, sujeitam-se a empregos menos bons e mal remunerados.
    Illich defende que, apesar de muitas pessoas terem já consciência da ineficácia  e da injustiça patentes no sistema educativo moderno, não são ainda capazes de imaginar alternativas nem de conceber uma sociedade descolarizada. Daí que se torne necessário"criar entre o homem e aquilo que o rodeia novas relações que sejam fontes de educação, modificando simultaneamente as nossas reacções, a ideia que fazemos do desenvolvimento, os utensílios necessários para a educação e o estilo da vida quotidiana" (Illich, 1974, pp.6).

Novas Instituições Educativas


     Em alternativa ao actual sistema educativo, Illich propõe a criação de novas instituições educativas, que permitam "dar àquele que quer aprender novos meios de entrar em contacto com o mundo à sua volta" (Illich, 1974, pp.7).
    A criação de novas instituições educativas propostas por Ivan Illich, teria como objectivos principais:
  • Permitir a todos aqueles que pretendem aprender o acesso aos recursos existentes, em qualquer idade;
  • Facilitar o encontro entre aqueles que desejam comunicar os seus conhecimentos e toda e qualquer pessoa que deseje adquiri-los;
  • Permitir aos portadores de ideias novas que se façam ouvir.
     Segundo Illich, as novas instituições educativas deveriam permitir a qualquer aluno o livre acesso a toda a informação e a todo o conhecimento que pretendesse adquirir. Em oposição aos actuais programas escolares obrigatórios supervisionados pelas instituições, o aluno não deveria ter necessidade de apresentar quaisquer credenciais ou currículo anterior  para lhe ser facultado esse acesso. De igual modo, estas novas instituições permitiriam a todas as pessoas a possibilidade de comunicarem os seus conhecimentos, tornando-os acessíveis e disponíveis a todos os interessados, com vista a aumentar e a multiplicar as oportunidades quer de aprender, quer de ensinar.
   Segundo Illich, trata-se de substituir a pergunta: «O que é necessário que se aprenda?», por «Com que espécie de coisas e de pessoas deve estar relacionado aquele que deseja aprender?» (Illic

Biografia Celestin Freinet



        Celestin Freinet nasceu no sul da França, na região de Provença, numa família de oito filhos. Seus dias de escola foram profundamente desagradáveis, e afetaram seus métodos de ensino e desejo de reforma.  Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e portanto desligada da vida.Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor.Na proposta pedagógica de Freinet,a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem.
Disponível em
disponível em  http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet acesso em 14/04/2012


Jean-Jacques Rousseau


Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a "educação natural" conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou "materialismo dos sensatos", ou "teísmo", ou "religião civil". Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia. Jean- Jacques Rousseau não foi um filósofo no sentido estrito do termo, pois não encadeava as ideias, nem a fundamentação racional dos princípios que formulou. Ele deixou um legado raro e humano, como por exemplo quando diz que as regras de etiqueta podem esconder o mais vil e impiedoso egoísta e, frequentemente, seriam somente máscaras da vaidade e do orgulho.
Um dos propósitos visados por Rousseau era combater os abusos e não repudiar os mais altos valores humanos. Os abusos centralizavam-se, para Rousseau, na perda da consciência a que é conduzido o homem pelo culto dos refinamentos, das mentiras, da ostentação da inteligência e da cultura, nas quais se busca mais a admiração do próximo do que a satisfação da própria consciência. Rousseau não pretendia queimar bibliotecas ou destruir universidades, reconhecia a função útil das ciências e das artes, mas não quer ver os artistas e intelectuais submetidos aos caprichos frívolos das modas passageiras. Pelo contrário, glorificava os esforços da conquista intelectual verdadeira, que se realiza na luta contra os obstáculos e na atividade criadora do espírito livre de pressões.
Para Rousseau, os processos educativos, tanto quanto as relações sociais, eram  encaradas do ponto de vista centralizado na noção de liberdade, entendida por ele como direito e dever ao mesmo tempo:"... Todos nascem homens livres".
Jean-Jacques Rousseau - vida e obraACESSO EM 14/14/20012 ÀS 9:55
www.culturabrasil.pro.br/rousseau.htm

Alunas: Angela ,Leila e Neusa – EE Fleurides
A pedagogia Freinet é uma importante alternativa para o trabalho em Educação Infantil. Segundo a autora, essa prática nos afasta de duas tendências dominantes: o infantilismo -- que deixa a criança aquém de suas possibilidades -- e o escolarismo, que quer preparar a criança muito cedo para a escola de primeiro grau.

O texto oferece noções dessa prática pedagógica, a organização no trabalho com a criança e seus princípios, a autonomia, a cooperação, a expressão livre.
retirdo de http:/www.crmariocovas.sp.gov.br

Ivan Illich , um grande pensador.


Um pouco da vida de Ivan Illich

 


Ivan Illich nasceu em Viena, no dia 4 de setembro de 1926. Viveu com seu avô até 1941, sempre em Viena. Neste ano, foi considerado pelas leis nazistas como meio-judeu. Assim, aos 15 anos, chegou fugitivo na Itália, onde passou o resto da sua juventude, radicado em Florença e Roma. Estudou ciências naturais, especializando-se em química inorgânica na Universidade de Florença(1942-45) e na Universidade de Roma (1945-1947).

De 1944 a 1947, estudou apaixonadamente Filosofia, obtendo a menção summa cum laude, e de 1947 a 1951, Teologia (cum laudem) na Universidade Gregoriana, de Roma. Nesta época descobriu e lhe impactou o estudo de Jacques Maritain. Posteriormente obteve o doutorado em História (magna cum laude) na Universidade de Salzbug. Sua tese versou sobre as dependências filosóficas e metodológicas de Arnold Toynbee. Pouco depois iniciou, na Universidade de Princeton, um pós-doutorado sobre o macro-microcosmos em Alberto Magno e seus discípulos.

No início da década de 1950, já ordenado padre católico, foi convidado para seguir a carreira diplomática no Vaticano. Em 1951, foi para os Estados Unidos como padre trabalhar numa paróquia, em Nova Iorque. Em Manhattan, dirigiu um centro onde eram atendidos os imigrantes de Porto Rico. Lutou ardorosamente na defesa dos porto-riquenhos que eram desprezados pelos imigrantes italianos, irlandeses e judeus. Ele desafiou a todos, aceitando como seus paroquianos estes imigrantes. Para Illich esta luta terminou quando, em 1956, o cardeal de Nova Iorque, em presença de trinta mil porto-riquenhos, reunidos na Universidade de Fordham, festejaram o santo padroeiro de Porto Rico, São João.

Em 1956, foi enviado a Porto Rico como vice-reitor da Universidade Católica de Ponce. Sua principal tarefa consistia em ensinar os religiosos dos EUA e Canadá a falar castelhano e se aproximar da cultura hispânica.

Em 1960, discordou publicamente do bispo local, que condenou o governador local, pois o último se declarara a favor de uma política de controle da natalidade auspiciada pelo Estado.

Saindo de Porto Rico, Illich foi convidado a trabalhar na Universidade de Fordham, em Nova Iorque. Nesta universidade jesuíta, ele fundou o Centro de Formação Intercultural - CIF enquanto trabalhava como pesquisador e professor do Departamento de Sociologia. O CIF tinha o objetivo de capacitar os missionários norte-americanos, não somente a falar o espanhol, mas a entender e respeitar as culturas dos países latino-americanos.

Em 1961, Illich decidiu se mudar para Cuernavaca no México, onde, juntamente com outras pessoas, fundou o Centro Intercultural de Documentação – CIDOC. Neste centro, se discutia apaixonadamente sobre a missão da Igreja na América Latina. A Illich lhe parecia evidente que a aliança ente a Igreja e o nascente culto do desenvolvimento era uma arapuca. Vivia-se o tempo da “Aliança para o Progresso”, proposta do governo norte-americano para a América Latina.

Para ele, o próprio desenvolvimento era uma calamidade. Uma calamidade que provocava males a milhões de pessoas. Assim o CIDOC se transformou num espaço importante para as discussões a respeito da América Latina e o desenvolvimento. Erich Fromm, Peter Berger, Paulo Freire, o bispo Sérgio Méndez Arceo eram, entre outras, personalidades que freqüentavam periodicamente o centro. Em 1974, Boaventura de Souza Santos coordenou, no CIDOC, o seminário sobre Direito e Revolução Social.

Destas discussões surgiu a publicação dos Cadernos do CIDOC. De maneira ágil e independente, os cadernos suscitavam debates e seminários que se espraiavam pela América Latina. Muitos destes cadernos se transformaram em livros que marcaram a década de 1970: A sociedade sem escola, A convivencialidade, Energia e eqüidade, Desemprego criador, etc. Nesta época, Illich passou a criticar severamente a Igreja Católica. Numa conferência, comparou a Igreja à Ford Motor Company, acusando-a de não ser mais que uma outra burocracia que promovia o veneno chamado modernidade ou desenvolvimento.

Em 1967, a Igreja censurou publicamente o CIDOC. Illich decidiu deixar o sacerdócio. O CIDOC se manteve até 1976 quando Illich, voluntariamente, decidiu fechá-lo. Pois, todas as pessoas que freqüentavam o centro, voltando para os países latino-americanos de origem, eram presos, fichados, perseguidos. Freqüentar o CIDOC tornara-se perigoso.

É da época do CIDOC a realização dos famosos e acalorados debates entre Paulo Freire e Ivan Illich sobre educação, escolarização e conscientização.

Os famosos textos, A escola, esta velha e gorda vaca sagrada: na América Latina ela abre um abismo de classes e prepara uma elite e com ela o fascismo, de 1968 e En América Latina, para qué sirve la escuela?, de 1973, originam o importante livro A Sociedade sem escola, primeiramente publicado em inglês e, em 1973, em espanhol. Para Illich era necessário desescolarizar, não somente as instituições do saber, mas também a sociedade.

Outras obras importantes de Illich são La convivencialidad, 1974;. Energia y equidad Desempleo creador, 1974; Némesis Médica: la expropriación de la salud, de 1975. Sobre este último livro, no British Medical Journal, de 13-4-2002, o seu diretor, Richard Smith, conta que o mais próximo de uma experiência religiosa que teve em sua vida foi quando ouviu, recém-formado, em 1976, Ivan Illich expor suas radicais idéias sobre saúde e medicina, rodeado dos “fósseis da hierarquia acadêmica de Edimburgo”. Illich argumentava, então, que a “a maior ameaça para a saúde no mundo era a medicina moderna”. Para Richard Smith, Némesis médica: a expropriação da saúde é um clássico da medicina. Neste livro, Illich alerta sobre as três modalidades de iatrogenia médica: a clínica (o dano provocado pelos tratamentos), a social (resultante da medicalização de muitos aspectos da vida, como o nascimento, o sexo ou a morte) e o cultural, o mais perverso, porque destrói as vias tradicionais de enfrentar a dor e a doença. Que o establishment médico comungue agora com Illich indica que, 26 anos depois, algo se move na medicina, afirma o diretor do British Medical Journal.

No Brasil, este livro de Ivan Illich foi analisado pela tese de doutorado A Saúde pelo Avesso - Uma Reinterpretação de Ivan Illich, o Profeta da Autonomia, IMS/UERJ (Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro), 1998, de Roberto Passos Nogueira
Ivan Illich, 76 anos, faleceu no dia 2 de dezembro de 2002, segunda-feira, em Bremmen, na Alemanha. Ivan Illich, padre, teólogo, sociólogo, histórico heterodoxo, pensador radical, é considerado, juntamente com Marcuse, Fromm e outros expoentes da Escola de Frankfurt, como um precursor do movimento antiglobalização. Ivan Illich morreu acometido de um câncer que se recusou a tratar.